quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Invocação

"Os lusiadas" Invocação
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Febo ordene
Que não tenham inveja às de Hipoerene.

Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no universo,
Se tão sublime preço cabe em verso.



Resumo:
 " e vós, tágides minhas "
  • é o vocativo
  • recurso de estilo - apóstrofe
- Na invocação , Camões pede ajuda"dá-me" hás deusas do tejo " as tágides".
- Até aquele momento , camões tinha escrito sonetos e canções, poesía lírica, mas naquela época ele pretendía escrever uma poesía diferente- Poesía épica.
- A poesía lírica era simples, humilde e normalmente acompanhando há flauta.
- Camões queria escrever poesía ética que é um tipo de poesía mais elevada, própria para contar feitos de herois e por isso devia ser acompanhada de trompete.
- Como esta nova poesía era muito mais exigente, camões pede ajda para conseguir escreve-la.

Invocar é pedir ajuda, por isso Camões utiliza o vocativo para se dirijir hás tágides e os verbos no imperativo para pedir ajuda.

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