quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dedicatória

Dedicatória
"os Lusiadas"
Vós, poderoso Rei, cujo alto Império
O Sol, logo em nascendo, vê primeiro;
Vê-o também no meio do Hemisfério,
E quando desce o deixa derradeiro;
Vós, que esperamos jugo e vitupério
Do torpe Ismaelita cavaleiro,
Do Turco oriental, e do Gentio,
Que inda bebe o licor do santo rio;

Vereis amor da pátria, não movido
De prêmio vil, mas alto e quase eterno:
Que não é prêmio vil ser conhecido
Por um pregão do ninho meu paterno.
Ouvi: vereis o nome engrandecido
Daqueles de quem sois senhor superno,
E julgareis qual é mais excelente,
Se ser do mundo Rei, se de til gente.

Ouvi, que não vereis com vãs façanhas,
Fantásticas, fingidas, mentirosas,
Louvar os vossos, como nas estranhas
Musas, de engrandecer-se desejosas:
As verdadeiras vossas são tamanhas,
Que excedem as sonhadas, fabulosas;
Que excedem Rodamonte, e o vão Rugeiro,
E Orlando, inda que fora verdadeiro

E enquanto eu estes canto, e a vós não posso,
Sublime Rei, que não me atrevo a tanto,
Tomai as rédeas vós do Reino vosso:
Dareis matéria a nunca ouvido canto.
Comecem a sentir o peso grosso
(Que pelo mundo todo faça espanto)
De exércitos e feitos singulares,
De África as terras, e do Oriente os marços

Resumo:
È a parte do poema em que Camões dedica a sua obra a D.Sebastião.
  • "Vós, pudero rei " - Vocativo
  • Recurso de estilo - Apóstrofe
  • " Cujo o alto im´pério" - Portugal
  • Com os versos 2,3 e 4, camões pretende significar que portugal é um país com muito sol em que as horas do dia são muitas.
  • Na estrofe ( , Camões dirige-se a D.Sebastião e diz-lhe que espera que ele domine os mouros que se encontram em Àfrica e na Àsia (Ìndia).
  • Na estrofe 10 , Camões promete ao rei (vereís) ver o seu patroiotismo e a sua dedicação e ainda a exaltação do povo portugu~es e que o rei pude~´a então verificar o que é melhor: Se ser senhor do mundo e senhor dos portugueses.
  • Estrofe II Camões continua a dizer do rei D.Sebastião que os feitos dos portugueses são de tal modo importantes que ultrapassam as aventuras dos herois antigos, sobretudo porque são feitos verdadeiros enquanto que os outros eram eventados.
  • Na estrofe 15, Camões dirige-se a D.Sebastião aconcrlhando-o a tornar-se um rei exemplar, porque no momento não pode escrever sobre ele por D.Sebastião não ser ainda reconhecido pelos seus feitos heroicos dado a sua pouca idade, mas prometia-lhe, no futuro contar tudo sobre a sua acção grandiosa.


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