quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Resumo do memorial do convento

CAPITULO II
Se a concepção da rainha ocorresse, seria vista como mais um entre os vários milagres tradicionalmente relacionados à ordem de São Francisco. Diz-se, por exemplo, que um tal frei Miguel da Anunciação, mesmo depois de morto, conservara o seu corpo intacto durante dias, atraindo, desde então, uma grande quantidade de devotos para a sua igreja. Noutra ocasião, a imagem de Santo António, que vigiava uma igreja franciscana, locomovera-se até à janela, onde ladrões tentavam entrar, pregando-lhes assim um grande susto. Este caíra ao chão, tendo sido socorrido por fiéis, onde acabou por se recuperar. Outro caso, é o do furto de três lâmpadas de prata do convento de S. Francisco de Xabregas no qual entraram gatunos pela clarabóia e, passando junto à capela de Santo António, nada ali roubaram. Entrando na igreja, os frades deram com ele às escuras, e verificaram que não era o azeite que faltava, mas as lâmpadas que haviam sido levadas; os religiosos ainda puderam ver as correntes de onde pendiam as lâmpadas se balançando e saíram em patrulhas pelas estradas, atrás dos ladrões. E então, desconfiados de que os ladrões pudessem estar ainda escondidos na igreja, deram a volta, percorreram-na e só então, viram que no altar de Santo António, rico em prata, nada havia sido mexido. O frade, inflamado pelo zelo, culpou Santo António por ter deixado ali passar alguém, sem que nada lhe tirasse, e ir roubar ao altar-mor: O frade deixou que o Menino "como fiador", até que o santo se dignasse a devolver as lâmpadas. Dormiram os frades, alguns temerosos que o santo se desforrasse do insulto... Na manhã seguinte, apareceu na portaria do convento um estudante que, querendo falar ao prelado (bispo), revelou estarem as lâmpadas no Mosteiro da Cotovia, dos padres da Companhia de Jesus. Desta forma, faz-nos desconfiar que o tal estudante, apesar de querer ser padre, fora o autor do furto e que, arrependido, deixara lá as lâmpadas, por não ter coragem de as devolver pessoalmente. Voltaram as lâmpadas a S. Francisco de Xabregas, e o responsável não foi descoberto.
De referir, que o narrador volta ao caso do frei António de S. José, e faz-nos de novo desconfiar de que o frei, através do confessor de D. Maria Ana, tinha sabido da gravidez da rainha muito antes do rei.

Fonte:

Resumo do memorial do convento

CAPITULO I
 Já há dois anos que D. João V está casado com D. Maria e até agora ela ainda não engravidou. A rainha reza novenas e, duas vezes por semana, recebe o rei nos seus aposentos. Quando ambos se casaram, o rei dormia com a rainha todos os dias, mas devido ao cobertor de penas que ela trouxe da Áustria e porque com o passar do tempo, os odores de ambos faziam com que o cobertor ficasse com um cheiro insuportável, o rei deixou de dormir com a rainha.
El-rei está a montar em puzzle a Basílica de S. Pedro de Roma para se distrair e porque gosta. Mas a rainha está á espera do rei para que ele cumpra o seu dever conjugal. E para os aposentos da rainha o rei se dirige, mas entretanto chegou ao castelo D. Nuno da Cunha, bispo inquisidor, e traz consigo um franciscano velho. Afirma o bispo que o frei António de S. José assegurou que se o rei se dignasse a construir um convento em Mafra, teria descendência. Enquanto isso, a rainha conversa com a marquesa de Unhão, rezam jaculatórias e proferem nomes de santos.
Após a saída do bispo e do frei, o rei anuncia-se e, consumado o acto, D. Maria tem que "guardar o choco", a conselho dos médicos e murmura orações, pedindo ao menos um filho que seja. D. Maria sonha com o infante D. Francisco, seu cunhado e dorme em paz, adormecida, invisível sob a montanha de penas, enquanto os percevejos começam a sair das fendas, dos refegos, e se deixam cair do alto dossel, assim tornando mais rápida a viagem. D João também sonhará esta noite, nos seus aposentos. Sonhará com o filho que poderá advir da promessa da construção do convento de Mafra.
Fonte:
http://4.bp.blogspot.com/_NSfriFgsCVU/TOKftUhknZI/AAAAAAAAAik/4uCheTidSbs/s1600/memorial.jpg


Memorial do Convento - josé saramago

RELAÇÕES AMOROSAS

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Estrutura interna e externa da "Mensagem "

Estrutura Mensagem :
A estrutura interna refere-se à mensagem, a temática e ao tema da composição poética.
A estrutura externa refere-se à composição (número de estrofes e de versos), métrica (número de sílabas métricas) e rima (esquema rimático).
. Neste poema, a estrutura externa pode ser explicada da seguinte forma: estamos perante um poema de versificação tradicional (feita através de quadras) regular. É composto por três quadras, rimadas com rima cruzada cujo esquema rimático é abab e em versos de redondilha maior (7 sílabas métricas).
Fonte:
 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivUPuwfsWmrG1r-a_O82u52t8qBrqqdd-WHEywUy5Ec_DgKlXVSVJKUAqM6p8mux6gqSz17QymhrALl062y70QHIMsenrwlvIZz2BVzOO-v1QIIIr2dToW1VxT7eSR4mDwUmdykKfQdZ0/s1600/Mensagem+-+Fernando+Pessoa.jpg

"Mensagem " - Fernando Pessoa


"Mensagem" Fernando Pessoa

"Mensagem "
A "Mensagem" é um poema lírico-épico que tem como receptor o próprio país, repetindo e trasfigurando a história da pátria portuguesa como sendo o mito do nascimento, vida e morte, que será seguida de um renascimento. De certa forma, podemos considerá-la uma versão moderna e espiritualista dos Lusíadas, onde Fernando Pessoa demonstra o seu caractér patriótico, sebastianista e regenerador. Embor esta epopeia tenha sido considreada durante muito tempo fascista, ela não serve nenhum ideal político, nem se restringe a nenhum tempo particular. A sua concepção mitológica e histórica transporta uma realidade que vive para além das cordenadas de tempo.
O Português surge nesta obra como um herói épico, que procura desvendar e dominar o Mundo que não conhece, dominado por um sentimento de insatisfação permanente.

Fonte: